10 fevereiro, 2009

ANO PAULINO



O Papa Bento XVI presidiu no dia 28 de Junho, à abertura solene do Ano Paulino, acendendo simbolicamente a Chama Paulina, que arderá todo o ano, e abrindo da Porta Paulina, na Basílica de São Paulo Fora de Muros. Na homilia da cerimónia, que iniciou a comemoração do bimilenário do nascimento de São Paulo, o Papa referiu que ''Paulo não é para nós uma figura do passado, que recordamos com veneração. Ele é também o nosso mestre, apóstolo e anunciador de Jesus Cristo''. Acrescentou que devemos aproveitar esta oportunidade ''para ouvi-lo e para aprender agora com ele, como nosso mestre, a fé e a verdade, na qual se enraízam as razões da unidade entre discípulos de Cristo''. São Paulo, nasceu em Tarso, era judeu e cidadão romano. Perseguiu os cristãos e foi durante uma dessas perseguições, em Damasco, que encontrou Cristo Ressuscitado, O qual o transformou. Desde esse momento a sua vida passou a ser viajar pelo mundo, pregando o evangelho de Cristo e mistério da sua paixão, morte e ressurreição. A sua conversão mostra o poder da graça divina, capaz de converter um perseguidor das primeiras comunidades cristãs, num dos seus principais evangelizadores. Ele próprio, pelo seu passado se considera ''o menor entre os apóstolos'' ou ''indigno de ser chamado apóstolo'', mas foi a sua forma fundamentada de expressar a sua fé em Cristo que o distinguiu. Percorreu a Ásia Menor, atravessou o Mediterrâneo várias vezes e elaborou, entre muitos outros pensamentos, as 14 Epístolas, enquadradas no Novo Testamento. Chega a Roma em 61 d.C., para ali mais tarde ser julgado e decapitado entre 65 e 67 d.C. no período de Nero. O seu corpo seria depositado a pouco mais de três quilómetros, numa necrópole romana, túmulo que se tornou um objecto de veneração e onde se dirigem em oração os fiéis e os peregrinos que eram perseguidos, dele conseguindo retirar forças para prosseguir a evangelização empreendida pelo missionário. Após o fim das perseguições e após a promulgação dos éditos de tolerância, no início do século IV, o local do túmulo foi escavado e sobre esse local nasceu uma basílica, consagrada a este apóstolo, agora enquadrada num complexo denominado São Paulo Fora de Muros. Numa altura em que se admite que a Igreja ''tem dificuldade em anunciar Jesus Cristo a uma sociedade cada vez mais secularizada'', cada vez mais marcada pelo materialismo e hedonismo, independentemente do nosso passado recente, devemos aproveitar esta oportunidade e seguir o exemplo deste apóstolo, orientando as nossas forças no sentido da evangelização daqueles que nos rodeiam, como forma de expressão do amor que sentimos por Aquele que está sempre a nosso lado e que não desiste de nós. A Igreja somos todos nós. Vamos desempenhar o nosso papel, ou vamos apenas ser meros espectadores de algo que nos envolve?!

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